quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Texto excelente de Diego Quinteiro...

Quando acordei hoje, eu era a pessoa mais bonita do mundo.

Despenteado, saí sem vestir nada de especial: calça jeans, camiseta e meus tênis confortáveis com cadarços que não precisam amarrar.

Da grande barriga às covinhas nos punhos, da barba ruiva às entradas no meu cabelo, dos meus um e oitenta aos meus cento e trinta, eu era todo eu mesmo.

Um cara comum, como eu, é visto por muita gente quando sai de casa. Nunca vou saber exatamente quem, mas teve uma dessas pessoas que me viu e pensou: esse é o cara mais bonito de todo o mundo.

Por mais humilde que eu fosse, não pude contrariá-la. Nem meu tamanho desproporcional, nem meu rosto assimétrico, nem meus cabelos ralos e ressecados puderam me ajudar a não ser a pessoa mais bonita do mundo. Não pude evitar, pois toda a minha beleza estava dentro daquela pessoa, não em mim.

Porque quando você diz que alguém é belo ou feio, nunca está dizendo algo sobre a pessoa, está sempre dizendo algo sobre si mesmo. O correto não seria dizer “isso é belo”, mas sim “isso é belo em minha mente, em minha alma”.

Minha mãe comia, quando criança, a massa de macarrão que a minha vó fazia. Era uma massa caseira, uma experiência única, que ninguém mais provou. Eu, hoje, como o macarrão que vende no mercado, aquele mesmo que você compra, idêntico ao meu. Querem que todos os macarrões sejam iguais…

Querem que todas as belezas sejam iguais também. Querem que a minha mente e a sua mente e a de todo mundo concorde que isso é belo ou aquilo é feio. Querem anular a beleza dentro de você e de mim e substituir por uma beleza pré-fabricada, que se compra no mercado.

Começam criando um padrão de beleza. Depois, criando uma indústria de produtos que prometem deixar as pessoas mais próximas desse padrão. Por fim, espalham em cada canto do mundo uma imagem dizendo que aquilo é belo e dizendo que o contrário é feio.

Já imaginou um dia inteiro sem ver uma imagem que diga pra você o que é belo e o que é feio? Duvido que você tenha tido um dia sequer desses na sua vida até hoje.

Karen Carpenter era uma jovem e talentosa baterista que cantava lindamente. Seu canto era tão bonito que, ao ouvi-lo, todas as coisas do mundo se tornavam belas. Mas isso não foi suficiente, pois o mundo de sua época dizia que a beleza da mulher era proporcional a quanto ela era magra, e isso contribuiu para que ela morresse de anorexia antes de completar 33 anos.

Estimulam a auto-estima de quem se enquadra no padrão e destroem a auto-estima daqueles que não se enquadram. O resultado é tanta gente querendo mudar o que é para ser mais bela, sendo que tudo que precisam é achar alguém disposto a ver a beleza nelas.

Querem assassinar a beleza, mas será impossível. Sua beleza é uma rosa que nasce na alma de quem te vê. Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas não podem deter a primavera – já disse Che Guevara.

A minha beleza, bem, não sei quantas rosas tem por aí pra mim. Mas hoje, quando acordei, eu era a pessoa mais bonita do mundo.

Sobre a Fé...

A fé é um exercício pra vida inteira. 
Muitas e muitas vezes, eu me distancio incrivelmente dela, achando que posso resolver tudo sozinha. 
Não é raro nessas ocasiões, na verdade é bastante comum, eu me atrapalhar toda num turbilhão de emoções que me drenam a energia e o sorriso. 
Mas, toda vez que consigo acessá-la, de novo, tudo se modifica e se amplia na minha paisagem interna. Então, faço o que me cabe e entrego, mesmo quando, por força do hábito, eu ainda dê uma piscadinha pra Deus e lhe diga: “Tomara que as nossas vontades coincidam”. 
Faço o que me cabe e confio que aquilo que acontecer, seja lá o que for, com certeza será o melhor, mesmo que algumas vezes, de cara, eu não consiga entender.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Não nascemos preparados para debater...


Por isso, desenvolver a habilidade de manejar a contradição, persuadindo em favor de um ponto de vista, torna-se um valioso diferencial para a carreira. Infelizmente, muita gente acaba se complicando na hora de discordar de alguém – o chefe, um colega, um cliente ou mesmo alguém de casa. Via de regra, as pessoas tendem a se refugiar em duas posições extremas e desaconselháveis: a passividade e a agressividade.

Os passivos fazem tudo para fugir do embate, evitando possíveis desgastes emocionais, exposição ou mesmo o risco de desagradar o outro. Baixa autoconfiança e problemas de autoestima também contribuem para desestimular a propensão a expor posições discordantes. Muitos até ficam desapontados consigo mesmos, pois julgam que foram covardes por não terem se posicionado como deveriam diante de decisões absurdas.

Já os agressivos veem qualquer situação de debate como uma batalha que precisará ser vencida a qualquer custo. Quando não há argumentos consistentes, o agressivo procura cortar o diálogo e parte para o uso da força através da intimidação, do grito como formas de prevalecer e sair vitorioso ao impor aquilo que considera certo. Para eles, não importa muito o resultado do debate. O que vale é mostrar supremacia diante do outro.

Também não podemos nos esquecer dos dissimulados, que lançam uma “cortina de fumaça” de falsa passividade para esconder a agressividade. Todos lembramos de gente que gosta de dizer que “Ótimo. Está tudo bem! Não há problema…”, e nos bastidores manipulam pessoas e situações para sabotar aquilo que acabaram de concordar ou até assinar?

A exemplo das demais habilidades, alcançar a excelência em gerenciar situações de contradição requer vontade, dedicação e, fundamentalmente, treino. Que tal experimentar algumas dicas simples aprender a discordar sem entrar em crise?

Conheça antecipadamente o perfil do(s) seu(s) interlocutor(es). Mapeie forças, fraquezas e particularidades da outra parte a fim de evitar surpresas e sustos durante o debate.

Mobilize aliados para entrar fortalecido no debate. Contar com a concordância de referências externas dará mais consistência a seus posicionamentos.

Mantenha as emoções sob controle. Euforia ou irritação irão bloquear a racionalidade na hora de ouvir e argumentar.

Estabeleça uma boa linha de argumentação. Use argumentos lógicos, éticos, racionais e que tenham um objetivo definido. Tenha causas, consequências e resultados práticos bem definidos em sua mente. Eles serão elementos decisivos para defender sua posição.

Reúna fatos, documentos e evidências a favor dos seus argumentos. Apresentar elementos concretas dará peso e credibilidade à sua retórica.
Defenda seu ponto de vista com entusiasmo e segurança. Acima de tudo, é preciso aprender a gostar de argumentar. Lembre-se de que o corpo fala através de uma linguagem não verbal que envolve gestos, expressões faciais e posturas. Use-os para reforçar seu discurso.

Ouça com atenção os posicionamentos contrários. Isso é uma demonstração de respeito ao seu interlocutor, além de possibilitar o estudo pormenorizado dos argumentos contrários dele, a fim de articular respostas inteligentes.
Seja flexível e busque o acordo. Discordar não significa se ancorar radicalmente a uma posição. No decorrer do diálogo, esteja preparado para mostrar-se aberto a fazer concessões em nome da resolução eficaz da divergência sem subverter seus valores, princípios e convicções.
Não leve a debate para o lado pessoal, nem desqualifique seu “oponente”. Discorde de argumentos e pontos de vista, não de pessoas. Conduza o debate na dimensão técnica, concreta e factual. Quando o contraditório extrapola para ofensas, ironias ou acusações, não se chegará a um fim proveitoso para nenhuma das partes envolvidas.


Texto de Flávio Emílio

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Deus...


Alguma vez de repente sentiu desejo de fazer uma coisa agradável a alguém por quem sente carinho?
ISSO É DEUSque Te fala através do Espírito Santo...
Alguma vez sentiste tristeza e solidão embora parecendo que alguém está ao teu lado e quer te falar?
ISSO É DEUS, que quer falar contigo e Te acolhe através de Jesus Cristo.
Alguma vez ao pensares em alguém querido e que não vês há algum tempo, acontece encontrares essa pessoa.
ISSO É DEUS, porque o acaso não existe...
Alguma vez recebeste algo maravilhoso que nem tinhas pedido?
ISSO É DEUS, que conhece bem os segredos do teu coração...
Alguma vez estiveste numa situação muito difícil, sem teres a menor idéia de como resolver e de repente a solução aparece, sem que perceba como?
ISSO É DEUS, que toma nossos problemas em Suas Mãos...
Alguma vez sentiste uma imensa tristeza na alma e de repente é como se um bálsamo fosse derramado e uma paz inexplicável invade teu ser?
ISSO É DEUS, que Te consola com um abraço e Te dá esperança...
Alguma vez sentiu-se tão cansado a ponto de querer desistir, e logo sente que tem forças suficientes para continuar?
ISSO É DEUS, que carregou você nos braços para lhe dar descanso...


Tudo é tão mais simples, quando entregamos tudo ao Pai, basta confiar e acreditar...

Autoria desconhecida

Eu sou assim mesmo...

Quantas vezes já dissemos: “Eu sou assim mesmo” ou “É, as coisas são assim”. Essas frases na realidade estão dizendo que isso é o que acreditamos como verdade para nós, e geralmente aquilo em que acreditamos não passa da opinião de outra pessoa que incorporamos no nosso sistema de crenças. Sem dúvida, ele se ajusta a todas as outras coisas em que cremos.

Você é uma dessas pessoas que acordam numa certa manhã, veem que está chovendo e dizem: “Que dia miserável?”.

Não é um dia miserável. É apenas um dia molhado. Se usarmos as roupas apropriadas e mudarmos nossa atitude, podemos nos divertir bastante num dia chuvoso. Agora, se nossa crença for a de que dias de chuva são miseráveis, sempre receberemos a chuva de mau humor. Lutaremos contra o dia em vez de acompanharmos o fluxo do que está acontecendo no momento.

Não existe “bom” ou “mau” tempo, existe somente o clima e nossas reações individuais a ele.

Se quisermos uma vida alegre, precisamos ter pensamentos alegres. Se quisermos uma vida próspera, precisamos ter pensamentos de prosperidade. Se quisermos uma vida com amor, precisamos ter pensamentos de amor. Tudo o que enviamos para o exterior, mental ou verbalmente, voltará a nós numa forma igual.

Cada momento é um novo começo

O Ponto do Poder está sempre no momento presente. Você nunca está empacado. Aqui é onde acontecem as mudanças, bem aqui e bem agora em nossas próprias mentes! Não importa há quanto tempo temos um padrão negativo, uma doença, um mau relacionamento, falta de dinheiro ou ódio voltado contra nós mesmos.

Podemos começar uma mudança hoje!

Seu problema não precisa mais ser verdade para você. Ele agora pode sumir no nada, de onde veio. E você pode fazer isso.

Seus pensamentos e crenças do passado criaram este momento e todos os momentos até chegarmos a este. O que você agora está escolhendo pensar acreditar e dizer criará o momento seguinte, depois o dia seguinte, o mês seguinte e o ano seguinte.

Você é o poder em seu mundo! Você tem tudo o que escolher pensar!

Neste instante começa o novo processo. Cada momento é um novo começo e este momento é um novo começo para você bem aqui e bem agora! Não é formidável saber isso. Este momento é o Ponto do Poder! Agora, neste instante, é onde se inicia a mudança!


AUTOR: JOSÉ BATISTA DE CARVALHO

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

NAMORE UM CARA QUE LÊ...


Baseado no "Namore uma garota que lê", texto escrito pela Rosemary Urquico e traduzido e adaptado para o português por Gabriela Ventura.


"Namore um cara que se orgulha da biblioteca que tem, ao invés do carro, das roupas ou do penteado. Ele também tem essas coisas, mas sabe que não é isso que vai torná-lo interessante aos seus olhos. Namore um cara que tenha uma pilha de três ou quatro livros na cabeceira e que lembre do nome da professora que o ensinou as primeiras letras.


Encontre um cara que lê. Não é difícil descobrir: ele é aquele que tem a fala mansa e os olhos inquietos. Ele é aquele que pede, toda vez que vocês saem para passear, para entrar rapidinho na livraria, só para olhar um pouco. Sabe aquele que às vezes fica calado porque sabe que as palavras são importantes demais para serem desperdiçadas? Esse é o que lê.


Ele é o cara que não tem medo de se sentar sozinho num café, num bar, num restaurante. Mas, se você olhar bem, ele não está sozinho: tem sempre um livro por perto, nem que seja só no pensamento. O rosto pode ser sério, mas ele não morde, não. Sente-se na mesa ao lado, estique o olho para enxergar a capa, sorria de leve. É bem fácil saber sobre o quê conversar.


Diga algo sobre o Nobel do Vargas Llosa. Fale sobre sobre as novas traduções que andam saindo por aí. Cuidado: certos best-sellers são assunto proibido. Peça uma dica. Pergunte o que ele está lendo –e tenha paciência para escutar, a resposta nunca é assim tão fácil.


Namore um cara que lê, ele vai entender um pouco melhor seu universo, porque já leu Simone, Clarice e –talvez não admita– sabe de memória uns trechos de Jane Austen. Seja você mesma, você mesmíssima, porque ele sabe que são as complicações, os poréns que fazem uma grande heroína. Um cara que lê enxerga em você todas as personagens de todos os romances.


Um cara que lê não tem pressa, sabe que as pessoas aprendem com os anos, que qualquer um dos grandes tem parágrafos ruins, que o Saramago começou já velho, que o Calvino melhorou a cada romance, que o Borges pode soar sem sentido e que os russos precisam de paciência.


Um namorado que lê gosta de muita coisa, mas, na dúvida, é fácil presenteá-lo: livro no aniversário, livro no Natal, livro na Páscoa. E livro no Dia das Crianças, por que não? Um cara que lê nunca abandonará uma pontinha de vontade de ser Mogli, o menino lobo.


E você também ganhará um ou outro livro de presente. No seu aniversário ou no Dia dos Namorados ou numa terça-feira qualquer. E já fique sabendo que o mais importante não é bem o livro, mas o que ele quis dizer quando escolheu justo esse. Um cara que lê não dá um livro por acaso. E escreve dedicatórias, sempre.


Entenda que ele precisa de um tempo sozinho, mas não é porque quer fugir de você. Invariavelmente, ele vai voltar –com o coração aquecido– para o seu lado.


Demonstre seu amor em palavras, palavras escritas, falas pausadas, discursos inflamados. Ou em silêncios cheios de significados; nem todo silêncio é vazio.


Ele vai se dedicar a transformar sua vida numa história. Deixará post-its com trechos de Tagore no espelho, mandará parágrafos de Saint-Exupéry por SMS. Você poderá, se chegar de mansinho, ouví-lo lendo Neruda baixinho no quarto ao lado.

Quem sabe ele recite alguma coisa, meio envergonhado, nos dias especiais. Um cara que lê vai contar aos seus filhos a História Sem Fim e esconder a mão na manga do pijama para imitar o Capitão Gancho.


Namore um cara que lê porque você merece. Merece um cara que coloque na sua vida aquela beleza singela dos grandes poemas. Se quiser uma companhia superficial, uma coisinha só para quebrar o galho por enquanto, então talvez ele não seja o melhor. Mas se quiser aquela parte do “e eles viveram felizes para sempre”, namore um cara que lê"

Namore uma garota que lê...

( by Rosemarie Urquico)


"Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais. Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.

Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.

Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criado pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que leem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro.

Compre para ela outra xícara de café.
Diga o que realmente pensa sobre o Murakami. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Ulisses de James Joyce, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gostaria de ser a Alice.

É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Sexton Pound, E. E. Cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade, mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa.

É que ela tem que arriscar, de alguma forma.
Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim. E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois.

Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que leem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem.

Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto. Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a. Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até porque, durante algum tempo, são mesmo.

Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype.

Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das botas.

Namore uma garota que lê porque você merece. Merece uma garota que pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê.

Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve"

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Consertando bicicletas...

A menina chegou em casa atrasada para o jantar. 

Sua mãe tentava acalmar o nervoso pai enquanto pedia explicações sobre o que tinha acontecido. 

A menina respondeu que tinha parado para ajudar Jane, sua amiga, porque ela tinha levado um tombo e sua bicicleta tinha se quebrado. 

- E desde quando você sabe consertar bicicletas? – perguntou a mãe.

- Eu não sei consertar bicicletas! – Disse a menina. - Eu só parei para ajudá-la a chorar. 


Nem todos sabemos consertar bicicletas.
E quando nossos amigos caíram e quebraram, não as suas bicicletas, mas sua vida, talvez poucas vezes tenhamos a capacidade de consertá-la.
Mas como a menina, nós podemos parar para ajudá-los a chorar.
Se isso é o melhor que nós podemos fazer. E isso é muito! 

(Murray Lancaster)

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Meus erros, Seu olhar... (Pr Villy Fomin)


"Era uma vez um coletor de impostos. Vida financeira tranquila. Não era muito querido pelo povo. Seu trabalho, nem sempre honesto, afastava as pessoas. 

Certo dia ele recebeu a notícia de que, aquele Mestre que, com suas palavras estava mudando conceitos, desafiando as pessoas a questionarem suas práticas, inclusive as secretas, passaria por sua cidade. 

A multidão impedia o encontro. Eram muitos os que desejavam ver aquele Mestre. O pequeno subiu em uma árvore, ao fazer isso, seus olhos encontraram os olhos do Mestre.

Alguns tentaram e ainda tentam espalhar a idéia de que os olhos do Mestre são frios, indiferentes ou cheios de ira. Não! Seu olhar é de paz, é um doce convite a analisarmos a vida. Ele olha e incentiva.

A multidão foi contra a proposta do Mestre: “Desça da árvore, hoje é dia de eu me hospedar em sua casa”.

Que cena! Uma multidão irada. Um coletor de impostos de reputação duvidosa recebendo um convite. Um Mestre ensinando a multidão e o homem que tudo o que está perdido, pode ser encontrado, tudo o que está corrompido, pode ser restaurado.

Típico de Jesus: Não julgar pelo que foi. Convidar para o que pode ser.

Em Cristo o passado perde a força, os erros não são agentes bloqueadores. Errar é do viver e com os erros é possível crescer.

Me vejo no Zaqueu, me vejo na multidão. Também vejo Jesus me convidando a cuidar da vida. Sinto o olhar do Nazareno incentivando meus passos, curando meu coração.

Quando meus erros me oprimem, ouço sua voz: “Levanta, hoje é dia de salvação.”

Os olhos de Deus estão em todo lugar, que boa notícia! Não há coração perdido que não possa ser encontrado. "

(Inspirado em Lucas 19, Bíblia)


Pr. Villy Fomin




quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Decisões, decisões, decisões...

Hoje é dia 10 de outubro de 2013, uma quinta-feira...
Particularmente eu gosto muito do mês de Outubro, não sei porque, mas esse mês é mais tranquilo, mais absoluto...até o som da palavra Outubro é mais suave. Eu gostaria de ter nascido em Outubro, talvez minha vida fosse mais tranquila e eu fosse mais feliz, numerologicamente falando...mas ao contrário, nasci em Agosto, mês do desgosto e do cachorro louco.
Percebeu como até a palavra Agosto é desagradável aos ouvidos, parece um som que te afunda, que soa pesado...Agoooooooooooooosto...parece algo profundo...enfim, assim quis Deus, então aqui estou eu, nascida de agosto mesmo a contragosto...
Hoje é dia 10 de outubro...uma quinta feira ensolarada que amanheceu friorenta e eu pude usar minha bota nova que comprei com vontade e que comprei feliz, mesmo sem poder, porque era algo que queria muito e, como sou muito intuitiva e visual, preciso bater o olho e falar, é essa... e assim foi, uma compra rápida e certeira...pequenas felicidades são algo muito prazeroso...
Mas nessa feliz quinta-feira de 10 de outubro estou num dilema...cortar ou não o cabelo...
Até ontem eu estava super decidida, mas então a cabeleireira só tinha horário para hoje e uma noite no meio é devastador para qualquer decisão.
2013 não é um número absoluto. A soma dele talvez...mas a soma de 10 + 10 + 2 + 0 + 1 + 3, ao final dará 26, que somado 2 + 6 dará 8 que é um número infinito e geralmente neutro para decisões importantes...ontem era um dia 7, absoluto, por isso deu tão certo a compra da bota e teria dado do cabelo.
Eu nunca gostei de cabelos longos, nunca...sempre preferi curto por motivos diversos, mas quando adulta, e após os 40, pela praticidade mesmo...não sou adepta de feminilidades e pra mim cuidar, pentear, alisar, arrumar, domar os cabelos é algo fútil demais e uma enorme perda de tempo que eu não tenho, normalmente...
Já carrego pesos demais nos ombros pra ainda ter que carregar os cabelos e todo o trabalho que eles me dão... Helloooo...tenho TOC, logo, enquanto os cabelos não estiverem alinhados simetricamente, como sair de casa? Meu Deus...não!!!!
É demais pra mim acordar parecendo uma louca e ter que domar os cabelos de manhã cedo...mas há aqui um enorme porém que atende pelo nome de MARIDO.
Sim, fiz a besteira de deixar os cabelos crescerem para agradar meu querido e amado marido, algo que ele sempre me pediu em 21 anos de convivência e eu sempre neguei, atendendo as minhas vontades e não as dele, até que resolvi ceder uma única vez e deixei os cabelos crescerem...quanto erro...
Nunca, nunca mesmo você deve mudar a sua essência para agradar alguém, a não ser que esse alguém seja você mesma.
E então, sofrendo com a angustiante missão de cuidar dos cabelos compridos, fui avisar ao marido que iria cortá-los sumariamente curtos, como sempre foram, e ele, pateticamente, teve uma crise de TPM...disse NÃO e declarou um decreto: "Se você aparecer em casa de cabelos cortados, sairei pela porta da frente e não voltarei mais...Você escolhe". Affff...como é que é? Devo escolher entre minha paz interior cortando os cabelos ou continuar com o marido em casa???? É isso?
Sim, poucas e queridas pessoas que me leem agora, é isso o meu dilema. Cortar o cabelo e ser feliz, ou não cortar e continuar infeliz, mas com marido. Se fosse só isso era fácil decidir, cortar claro!
Já estou com o salão marcado para o final da tarde, o que me concede um tempo de mais ou menos 9hs para decidir, olha só que maravilha. Prá me ajudar na decisão hoje o meu cabelo resolveu acordar manso, que beleza!
Decretos são coisas poderosas, palavras geralmente tem poder e pesam, o começo de meu texto exemplifica bem isso. Um decreto só pode ser quebrado com outro decreto e na hora eu fiquei sem palavras, pois costumo ser obediente. Eu realmente não aguento mais meu cabelo, mas temo agora, não que o marido vá realmente embora, isso seria um bônus extra, mas temo mesmo é odiar o cabelo depois de cortado e me arrepender amargamente...
E agora? O que fazer? Confiar nas mãos da cabeleireira e "Seja o que Deus quiser", ou continuar cabeluda e deixar o marido pensando que ele é indispensável?

Amanhã o desfecho final dessa estória.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

NÃO VAGUEIE NAS TREVAS...


"Eles nada sabem, nem entendem; vagueiam em trevas; vacilam todos os fundamentos da Terra." 
Sal. 82:5.

A pessoa queixava-se do veredicto. O juiz tinha dado a guarda de seu único filho para o marido. Ela estava arrasada e não sabia onde procurar ajuda.

“É injusto”, reclamava a mulher. “O juiz fez isso por causa da influência da família de meu esposo, que tem muito poder na cidade.”

Pode ser que assim seja. Pode também ter sido um erro por falta de informação. As injustiças parecem ser a lei desta vida. Este salmo fala de juízes que “vendiam” a justiça. O salmista os descreve como gente sem escrúpulos, em cuja vida não existia o temor de Deus.

Embora o texto se refira exclusivamente às pessoas que administravam a justiça naqueles dias, a advertência é válida para o ser humano de hoje, a despeito da profissão ou ofício. Gente sem Deus andará em trevas, e quem anda envolvido pelas sombras, não anda, vagueia. Não tem rumo, tropeça, cai, se levanta, torna a cair. Não tem consciência de sua realidade. Pretende saber de onde vem e para onde vai, mas caminha sem rumo. Acertando umas vezes e errando na maioria.

“Nada sabem”, afirma o salmista, referindo-se a estas pessoas para quem Deus não passa de um mero detalhe. O verbo “saber”, nesse verso, vem da expressão hebraica jokmaj, que significa critério, bom senso, equilíbrio, juízo.

A maior parte dos problemas do ser humano se origina na falta de sabedoria. Na vida familiar, profissional ou financeira, a falta de critério leva a criatura a viver “em trevas”, tentando achar o caminho, mas ferindo-se e ferindo as pessoas ao seu redor.

Por isso, sempre, antes de tomar alguma decisão transcendental, ou antes de iniciar suas atividades diárias, lembre-se do conselho de Tiago, que disse: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente.” Tia. 1:5.

Não comece o dia sem Deus, não tome decisões sem Seu conselho, porque a pessoa que vive sem Deus nada sabe, nem entende; vagueia em trevas.

(Pr. Alejandro Bullón)

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O Mestre da Vida



"Jesus, o Mestre da Vida, nos deu lições inesquecíveis. Mostrou-nos que a vida é o maior espetáculo do mundo! A vida que pulsa na criatividade das crianças, na despedida dos amigos, no abraço apertado dos pais, na solidão de um doente, no choro dos que perdem seus seres amados...

Quando você estiver só no meio da multidão, quando errar, fracassar e ninguém o compreender, quando as lágrimas que nunca teve coragem de chorar escorrerem silenciosamente pelo seu rosto e você sentir que não tem mais forças para continuar sua jornada, não se desespere!

Pare! Faça uma pausa na sua vida! Não dispare o gatilho da agressividade e do auto-abandono. Enfrente seu medo! Faça do seu medo alimento para sua força. Destrave a sua inteligência, abra as janelas da sua mente, areje o seu espírito! Permita-se ser ensinado pelos outros, aprenda lições dos seus erros e dificuldades.

Liberte-se do cárcere da emoção e dos pensamentos negativos. Jamais se psicoadapte à sua miséria!

Lembre-se do Mestre da Vida! Ele nos ensinou a sermos livres mesmo diante das turbulências, perdas e fracassos, mesmo sem haver nenhum motivo aparente para nos alegrarmos. Tenha a mais legítima de todas as ambições: ambicione ser feliz!

Lembre-se que Jesus Cristo, um ser humano igual a você, passou pelos mais dramáticos sofrimentos e superou com a mais alta dignidade. Seja apaixonado pela vida como ele foi. Lembre-se que por amar apaixonadamente a humanidade, ele teve o mais ambicioso plano da história.

Mantenha em mente que nesse plano, você é uma pessoa única, e não mais um número na multidão.

A vida que pulsa na sua alma torna você especial, inigualável, por mais dificuldades que atravesse, por mais conflitos que tenha. Portanto, erga seus olhos e contemple o horizonte! Enxergue o que ninguém consegue ver! Há um oásis no seu no fim do seu longo e escaldante deserto!

Saiba que as flores mais lindas sucedem aos invernos mais rigorosos. Tenha convicção de que nos momentos mais difíceis de sua vida você pode escrever os mais belos capítulos de sua história.
Nunca desista de você! Dê sempre uma chance a si mesmo!

Nunca desista dos outros! Ajude-os a corrigir as rotas de suas vidas.
Mas, se não conseguir, poupe energia, proteja sua emoção e aguarde que eles queiram ser ajudados. Enquanto isso, aceite-os do jeito que são, ame-os com todos os defeitos que têm. Amar traz saúde para a emoção.

Jesus encantava as pessoas com suas palavras. As multidões ao ouvi-lo, renovavam suas forças e encontravam um novo sentido para suas vidas! Ele reacendeu a esperança de muitos... Compreendeu o que é ser homem e fez poemas sobre a vida, até sangrando... Brilhou onde não havia nenhum raio de sol"

O Mestre da Vida, Augusto Cury

terça-feira, 1 de outubro de 2013

O quase...


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

(Sarah Westphal )