sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
CASAMENTOS E SUAS FERIDAS.
Tempo de casado não significa boa qualidade de casamento.
Há quem valorize e se vanglorie do tempo de união conjugal, porém, quando removida a maquiagem social, é um casamento sofrível em que ambos experimentam um distanciamento enorme um do outro. Trocam apenas palavras, não trocam intimidades.
Moram juntos, mas estão separados. Carregam medo de admitirem que não há mais encanto, alegria e prazer em estarem juntos, porém ao mesmo tempo cultivam um sentimento de continuarem casados.
Às vezes, nessas horas, um deles assume que acabou e faz suas malas. Aje com honestidade reconhecendo que não há mais coração nessa história.
Porém, vale lembrar que numa situação como essa não existe apenas o caminho da separação, de oficializar que estavam há muito separados. Há o caminho da reconciliação: Consigo mesmo, com o outro e com a história que escreveram até aqui.
Já construíram uma vida juntos. Já têm tantas coisas em comum. Então, podem como dois adultos, admitirem suas fraquezas, suas falhas e pedirem ajuda um ao outro para reacenderem a chama que os uniu.
Podem a partir dessa constatação, fazerem um voto de não mais continuarem nessa “mornidão” matrimonial e ambos se desafiarem a fazer melhor.
O ser humano é capaz de construir grandes coisas, causar profundas revoluções e ainda passar por enormes transformações.
Coloque essas qualidades a serviço do bem comum.
Em nome do outro, dos votos feitos, da aliança e dos filhos ajam como quem quer ver o melhor.
Em nome do Reino de Deus que propõe recomeços reescreva sua história a partir de agora da maneira mais bonita possível.
Você consegue. Queira.
[Eliel Batista]